sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cerrado

O cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil. Sua ocupação original, antes de ser devastada, ocupava uma área aproximada de 2 milhões de km², atualmente restam apenas 20% desse total. É o bioma que mais sofreu impacto em razão da ocupação humana.

Formado por tipos fitofisionômicos característicos de regiões tropicais: cerradão, cerrado limpo, cerrado sujo, campo rupestre, veredas e matas ciliares, abriga plantas arbóreas de aparência seca com caules retorcidos e revestidos por casca espessa, entre outras espécies de arbustos e gramíneas.

O clima desse ecossistema é bem regular, caracterizado por duas estações climáticas bem definidas: verão chuvoso e inverno seco. Por esse motivo e em virtude da profundidade do solo e do lençol freático, o sistema radicular passou por adaptação e se desenvolveu para uma maior captação de água.
Estima-se que esse bioma, com tamanha riqueza biológica, apresente uma biodiversidade com mais de 10 mil espécies de vegetais, além de uma fauna bem distinta e exótica, com 837 espécies de aves e 161 de mamíferos.
Estima-se que esse bioma, com tamanha riqueza biológica, apresente uma biodiversidade com mais de 10 mil espécies de vegetais, além de uma fauna bem distinta e exótica, com 837 espécies de aves e 161 de mamíferos.
No entanto, todo esse espetáculo de vida, onde muitos imaginam o oposto, vem sendo seriamente afetado pela caça predatória, o comércio ilegal de animais, a intensa atividade garimpeira e o desmatamento com fins econômicos voltados para a pecuária extensiva e agricultura mecanizada, restringindo o cerrado a parques e reservas.

O que é o biodiesel?

O biodiesel é um combustível renovável, pois é produzido a partir de fontes vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, entre outros), misturado com etanol (proveniente da cana-de-açúcar) ou metanol (pode ser obtido a partir da biomassa de madeiras). Ou seja, um combustível totalmente limpo, orgânico e renovável.
A tecnologia de fabricação do biodiesel está em desenvolvimento avançado no Brasil. A Petrobrás possui esta tecnologia e o combustível orgânico já está sendo utilizado em alguns veículos em nosso país. Acredita-se que, para o futuro, este combustível possa, aos poucos, substituir nos veículos os combustíveis fósseis. Será um grande avanço em busca da diminuição da poluição do ar.

Vantagens do biodiesel:

- A queima do biodiesel gera baixos índices de poluição, não colaborando para o aquecimento global.
- Gera emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural.
- Trata-se de uma fonte de energia renovável, dependendo da plantação de grãos oleoginosos no campo.
- Deixa as economias dos países menos dependentes dos produtores de petróleo.
- Produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de produção pode ser mais baixo do que os derivados de petróleo.

Desvantagens do biodiesel

- Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do nosso planeta.
- Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros.

quinta-feira, 7 de abril de 2011


O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos. Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madereiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.
Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.
O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas. 

Desertificação

Desertificação é um fenômeno em que um determinado solo é transformado em deserto, através da ação humana ou processo natural. No processo de desertificação a vegetação se reduz ou acaba totalmente, através do desmatamento Neste processo, o solo perde suas propriedades, tornando-se infértil (perda da capacidade produtiva).
Nas últimas décadas vem ocorrendo um significativo aumento do processo de desertificação no mundo As principais áreas atingidas são: oeste da América do Sul, Oriente Médio, sul da África, noroeste da China, sudoeste dos Estados Unidos, Austrália e sul da Ásia. 
No Brasil, a desertificação vem aumentando, atingindo várias regiões. Nordeste (região do sertão), Pampas Gaúchos, Cerrado do Tocantins e o norte do Mato-Grosso e Minas Gerais são áreas do território brasileiro afetadas atualmente pela desertificação.
A desertificação gera vários problemas e prejuízos para o ser humano. Com a formação de áreas áridas, a temperatura aumenta e o nível de umidade do ar diminui, dificultando a vida do ser humano nestas regiões. Com o solo infértil, o desenvolvimento da agricultura também é prejudicado, diminuindo a produção de alimentos e aumentando a fome e a pobreza.
O meio ambiente também é prejudicado com este processo. A formação de desertos elimina a vida de milhares de espécies de animais e vegetais, pois modifica radicalmente o ecossistema da região afetada. A desertificação também favorece o processo de erosão do solo, pois as plantas e árvores não existem mais para "segurar" o solo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Conseqüências do aquecimento global

O aquecimento global pode trazer conseqüências graves para todo o planeta – incluindo plantas, animais e seres humanos. A retenção de calor na superfície terrestre pode influenciar fortemente o regime de chuvas e secas em várias partes do planeta, afetando plantações e florestas.

Algumas florestas podem sofrer processo de desertificação, enquanto plantações podem ser destruídas por alagamentos. O resultado disso é o movimento migratório de animais e seres humanos, escassez de comida, aumento do risco de extinção de várias espécies animais e vegetais, e aumento do número de mortes por desnutrição.

Outro grande risco do aquecimento global é o derretimento das placas de gelo da Antártica. Esse derretimento já vinha acontecendo há milhares de anos, por um lento processo natural. Mas a ação do homem e o efeito estufa aceleraram o processo e o tornaram imprevisível.

A calota de gelo ocidental da Antártida está derretendo a uma velocidade de 250 km cúbicos por ano, elevando o nível dos oceanos em 0,2 milímetro a cada 12 meses. O degelo desta calota pode fazer os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas pelo mundo e ilhas inteiras. Os resultados também são escassez de comida, disseminação de doenças e mortes.

O aquecimento global também acarreta mudanças climáticas, o que é responsável por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo. Só no ano passado, uma onda de calor que atingiu a Europa no verão matou pelo menos 20 mil pessoas. Os países tropicais e pobres são os mais vulneráveis a tais efeitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de diarréia e 2% dos de malária em todo o mundo. Esse quadro pode ficar ainda mais sombrio: alguns cientistas alertam que o aquecimento global pode se agravar nas próximas décadas e a OMS calcula que para o ano de 2030 as alterações climáticas poderão causar 300 mil mortes por ano.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um buraco no céu

UM FILTRO SOLAR NATURAL

Você já viu o ozônio? Provavelmente não, pois, como o ar, ele é invisível. O ozônio é um gás formado de oxigênio concentrado. Ele é tão leve que paira acima da Terra, na atmosfera. A muitos quilômetros de altura existe um manto desse gás chamado camada de ozônio.
A camada de ozônio é um filtro de proteção que o planeta Terra tem lá em cima para proteger a vida aqui embaixo. Ela deixa passar o calor e a luz solar, mas impede que os raios ultravioleta do Sol cheguem até a superfície do planeta.
Quando esses raios ultravioleta conseguem ultrapassar a camada de ozônio eles queimam as plantações, destroem células vivas e podem provocar câncer de pele. É o que acontece hoje em dia por causa do buraco na camada de ozônio.

Difícil é respirar!

CARANGOS POLUENTES

Andar nas ruas de uma cidade grande pode não ser um passeio muito gostoso. Muitas vezes nos sentimos em uma cortina de fumaça e fedor, barulho e confusão. Fica difícil respirar e ficamos sem fôlego. Parece até que estamos em um filme de ficção científica daqueles em que o futuro é aterrorizante.'
Mas a poluição é real e não estamos no futuro _ o presente é que está se tornando... sufocante! Sem perceber, você já deve ter sentido a poluição do ar. É aquela fumaça malcheirosa e escura que faz o céu mudar de cor e a gente ter dificuldade para respirar. Os carros são a principal fonte de contaminação do ar: os gases que saem dos escapamentos são responsáveis por 40% da poluição nas grandes cidades!

Isso para não falar dos gases das indústrias, do efeito estufa e do buraco na camada de ozônio... 

A Natureza reclama

POLUIR DESREGULA A NATUREZA

A natureza não é uma coisa estática, paradona. Ela se mantém em um ciclo constante, em perfeita harmonia: as plantas se alimentam da 
luz do sol, os animais herbívoros comem as plantase os carnívoros comem outros animais.

Quando morrem, todos voltam para a terra e transformam-se em nutrientes. Esses nutrientes 
alimentam as plantas e começa tudo de novo. 
A ação do homem interfere e põe em risco essa harmonia, pois afeta o ciclo natural da vida.
A produção de lixo, por exemplo, é tão grande que já se pensa em mandá-lo para fora da Terra, em naves espaciais. O esgoto das casas e os detritos das fábricas continuam sendo lançados nos rios e nos mares. O ar está cada vez mais escuro e sujo nas grandes metrópoles.

Água: Sujeira á vista


A SUJEIRA QUE VAI EMBORA MAS NÃO SOME

Quando puxamos a descarga no banheiro da nossa casa, não pensamos para onde está indo essa água suja. Achamos que ela vai embora pelos canos e entra para debaixo da terra, embaixo dos bueiros. É verdade, mas, na maior parte das vezes, o 
esgoto não pára aí: ele continua sua viagem e vai ser despejado em algum rio ou no mar.


Os rios ficam escuros, cheios de entulho e parece até que algum monstro de sujeira vai sair de lá . O mar poluído fica impróprio para banhos ou mergulhos. Tomar banho em praia suja pode deixar as pessoas doentes. Água poluída pode causar doenças como micoses, diarréia e esquistossomose.
No Brasil, cerca de 80% do esgoto é lançado em rios e no mar. É um dos maiores problemas do país: a falta de saneamento básico e de redes de tratamento de esgoto. Toda casa deveria ter uma rede de canos para levar a água suja para grandes centrais de tratamento.

Nessas centrais, o esgoto é tratado com produtos químicos que separam a água da sujeira. A água poderia ser então reaproveitada para indústrias, e não iria poluir o meio ambiente.

Informações sobre o aquecimento no mundo

O aquecimento mundial está ocorrendo cada vez mais. Isso é o aquecimento global. As calotas polares estão derretendo, e vários locais já foram atingidos com isso. Na Europa e nos EUA o aquecimento já está fazendo efeito. Algumas ilhas já foram afetadas seriamente com o nível alto do mar.
Para poder conter o aquecimento mundial, como todos já sabem, é preservando  o ambiente, a natureza, não jogando lixo nas ruas, não desmatando, entre outras mais.

Perigos do Aquecimento Global

Se as coisas continuarem como estão nos próximos 50 anos, todas as cidades litorâneas desaparecerão.
Isso deve acontecer por causa da poluição e emissão dos CO2 na atmosfera, que ajudam na destruição da camada de ozônio. Sem essa camada nós e o planeta Terra, ficamos vulneráveis aos raios ultravioletas do sol.
Imagine um aumento de 6 graus nos próximos 50 anos. No Rio de Janeiro que chega a uma temperatura elevadíssima, aumenta mais 6 graus. Mas não terá problema, pois até lá o Rio desaparecerá, devido ao derretimento das calotas polares na Antártida. Que, aliás, é onde a camada de ozônio é mais fraca.
  Não devemos nos preocupar com o futuro

Fotos do aquecimento global

Quem se liga nos últimos dias sabe o quanto é importante que a gente tenha algo a dizer sobre o clima do mundo e o que pode acontecer se a gente não fizer alguma coisa pra mudar isso.
aquecimento global cada vez mais é uma verdade que a gente não pode mais se esconder, vê a temperatura da terra aumentando e temos uma grande parcela de culpa nisso.
Vários biomas estão se acabando, e isso devido ao aumento gradativo, a intensificação do efeito estufa, e temos que fazer alguma coisa se não quisermos ver a vida se acabar.

Efeitos do aquecimento global


Recentemente podemos facilmente ouvir falar do um dos maiores acontecimentos de todos, que envolvem diretamente a condição de vida no planeta terra, o aquecimento global.
O aquecimento global é o aumento gradativo da temperatura terrestre, ou seja, uma maior intensificação daquilo que nós conhecemos como efeito estufa, esse último sendo necessário para a vida na terra.
Os efeitos do aquecimento global são muitos, vai desde ameaçar biomas, de submergir cidades litorâneas até acabar com a condição de vida na terra de uma forma devastadora.

Aquecimento Global mostra suas conseqüências aquáticas

O aquecimento global é o problema mais seio que o meio ambiente tem vivenciado, ele acontece devido a elevação da temperatura do planeta. A Terra está ficando mais quente devido a ação do homem, já que ele tem liberado gases poluentes na atmosfera e agravando o efeito estufa.
Algumas pessoas se mantinham céticas a respeito dos males do aquecimento global, porém algumas conseqüências já podem ser notadas. Os ambientes aquáticos serão atingidos também pelo problema, sendo que todos os seres vivos estarão ameaçados perante do caos.
Com a elevação da temperatura, as calotas polares vão começar a derreter, assim o nível de água dos oceanos vai aumentar e alguns animais vão perder o habitat. Outra conseqüência grave deve ser a inundação das cidades litorâneas, a calamidade vai deixar muitas pessoas desabrigadas. Os tornados também vão se tornar mais freqüentes e devastadores.

O que é Aquecimento Global?

Aquecimento global é um problema que o nosso planeta Terra está enfrentando, como já diz o nome a temperatura do planeta pode se elevar, deixando o planeta bem mais quente, esse calor pode trazer problemas a Terra.
Um dos problemas é a mudança que a temperatura pode fazer ao meio ambiente como mudanças no ecossistema e prejudicando a vida de muitos animais, um exemplo são as calotas polares que podem derreter, o derretimento aumenta o nível do mar e diminui o ambiente para animais polares como os ursos.
Para tentar evitar esse problema a primeira opção é diminuir a poluição, a poluição pode aumentar o buraco na camada de ozônio o que ajuda no aumento da temperatura, por isso, não poluía e não estrague o meio ambiente.

Dicas para poluir menos o meio ambiente

Dicas para poluir menos o meio ambiente
O meio ambiente está sofrendo grandes processos de degradação, o que não está sendo bem visto, uma vez que a adequação não está de acordo com os preceitos da sociedade, está colocando a condição de vida na terra em questionamento, devido as ações humanas, e quem está começando a sentir seus efeitos é o a fauna e flora que nada fizeram.
O principal vilão do aquecimento global é o CO2, que são os principais poluentes expelidos pelo nosso desenvolvimento, principalmente pelos motores de carros, e as industrias, que a cada dia estão observando uma forma diferente e extração para crescer mais e mais.
O que podemos fazer para evitar essa degradação e dar sentido na vida?
Mesmo após vários anos parados, sem crescimento, ainda seria desastrosa a conseqüência. Mas se começarmos da base, podemos diminuir as conseqüências.
-Dar preferência para transportes coletivos.
-Se usar carros, de preferência a carros movidos a álcool.
-Recicle todo o material necessário.
-Separe o lixo
-Plante arvores
-Preserve a Amazônia
Parece atitudes mínimas, mas que com um grande esforço de todos, darão um enorme resultado e muito satisfatório no final de tudo.

Outro vazamento de óleo pode ocorrer se não houver reforma geral, diz relatório

Desastres como o da explosão da plataforma Deepwater Horizon podem acontecer novamente se não houver uma reforma no setor de exploração de petróleo.
A conclusão consta no relatório final de 48 páginas que a comissão de investigação do governo norte-americano vai entregar ao presidente Barack Obama no próximo dia 11, e cujo conteúdo foi obtido antes pela agência de notícias da Associated Press, na quarta-feira.
Corte de custos da BP contribuiu para vazamento no golfo do México, diz relatório
Segundo a comissão, há problemas dentro da própria indústria de exploração de gás e petróleo e os reguladores que supervisionam o setor.
Em pronunciamentos anteriores, tanto a BP (British Petroleum) quanto a comissão do governo indicaram que decisões erradas haviam levado a problemas técnicos. E estes teriam contribuído com o vazamento que ocorreu em 20 de abril, provocando a morte de 11 pessoas e o derramamento de mais de 200 milhões de galões de óleo nas águas do golfo do México.
Agora, pelo texto final, há críticas também para a atuação governamental.
"A explosão não foi produto de uma série de decisões irracionais feita por uma indústria desonesta ou por autoridades que não puderam antecipá-la ou prevê-la", diz o texto. "Ao contrário, as causas são sistêmicas, e a falta de uma reforma significativa tanto na prática industrial quanto na política governamental pode levar a outra ocorrência."
A comissão também destacou um e-mail escrito pelo engenheiro da BP Brett Cocales quatro dias antes de ocorrer o acidente.
A mensagem dizia: "Mas, quem se preocupa, está feito, fim da história, [estará] provavelmente bem e vamos ter um bom trabalho de cementação."
O e-mail foi escrito depois de o engenheiro ter discordado da decisão da BP, que recomendou a ele usar menos peças na cementação, as mesmas que apresentaram problema no poço Macondo, originando o vazamento de óleo.

Lagos são grandes emissores de gás metano, revela estudo

Lagos e rios emitem gases causadores do efeito estufa bem mais potentes do que se pensava, contrariando o papel da natureza de absorver os gases responsáveis pelo aquecimento climático, segundo um levantamento divulgado na quinta-feira.
O estudo de 474 sistemas de água doce, realizado por especialistas da Suécia, Brasil e EUA, indicou que os lagos emitem uma quantidade de metano equivalente a 25% de todo o dióxido de carbono absorvido pelas áreas terrestres do mundo a cada ano.
Árvores e outras plantas absorvem dióxido de carbono, o principal gás causador de alterações climáticas, ao crescer.
"As emissões de metano de fontes de água doce são maiores do que o esperado", disse à Reuters David Bastviken, principal autor do estudo da Universidade de Linkping, na Suécia.
"Parte do carbono que é capturada e armazenada pela Terra é neutralizada pelo metano das fontes de água doce", de acordo com o estudo.
As emissões de metano, liberado pela decomposição da vegetação e outras matérias orgânicas em rios, represas, lagos e córregos, ainda não tinham sido colocadas em modelos adequados para a compreensão do aquecimento global, disse Bastviken.
Os resultados indicam que outros elementos da natureza, como as florestas, devem ser considerados como estoques naturais robustos de gases de efeito estufa, disse ele.
"Isso significa que as florestas e outros ambientes locais, como depósitos de carbono, são ainda mais importantes" para ajudar a contrabalançar o aquecimento global, disse ele. Estoques em solo "podem ser mais raros do que o esperado".
IGNORADO
Bastviken disse que as emissões de metano de água doce não são uma ameaça ambiental nova, pois a presença do gás na atmosfera era conhecida anteriormente, mesmo que os cientistas não soubessem ao certo a sua origem.
"Isso sempre aconteceu. Nós apenas não prestávamos atenção", disse ele. Mesmo assim, ele acrescentou que o degelo do permafrost [terra, rocha e gelo congelados] da Sibéria ao Alasca também pode estar liberando mais metano do que quando estavam congelados.
A conferência climática da ONU em Cancún, no México, em dezembro de 2010, concordou com a criação de um sistema para deter o desmatamento mundial, da Amazônia até a bacia do Congo, a fim de desacelerar as mudanças climáticas.
O plano prevê incentivos às nações em desenvolvimento para proteger suas florestas, em vez de derrubá-los para dar lugar a fazendas, cidades ou estradas. O desmatamento é responsável por talvez 10% da liberação dos gases causadores do efeito estufa.
A acumulação de gases-estufa, principalmente pela queima de combustíveis fósseis em termelétricas, fábricas e carros, causará ondas de calor, inundações, secas e elevação do nível do oceano, segundo o painel da ONU de cientistas climáticos.
O metano, como um gás do efeito estufa, é cerca de 25 vezes mais potente que o dióxido de carbono.
Bastviken disse que os resultados não representam um argumento a favor da drenagem das zonas úmidas e lagos para a limitação das emissões de metano --essa ação poderia ter efeitos adversos, como a liberação do carbono armazenado nos sedimentos.

Estudo canadense prevê aquecimento global por séculos

O dióxido de carbono já liberado na atmosfera vai continuar contribuindo para o aquecimento global durante séculos, podendo causar o colapso de um enorme lençol de gelo da Antártica e o aumento dos níveis do mar, disseram cientistas canadenses neste domingo.
Mesmo o completo abandono dos combustíveis fósseis e a suspensão imediata de emissões não poderão impedir o aquecimento do oceano da Antártica, bem como a desertificação na África do Norte, indica a pesquisa.
No entanto, muitas das consequências negativas no Hemisfério Norte, como a redução de gelo no Ártico, são reversíveis. Isso significa que os esforços globais para reduzir os gases de efeito de estufa não são um desperdício de esforço e dinheiro, disse Shawn Marshall, professor de geografia da Universidade de Calgary e um dos autores do estudo.
"Mas há alguns elementos do clima que apresentam muita inércia e que levarão muitos séculos para começarmos a revertê-los," disse Marshall.
O estudo, liderado por Nathan Gillett, do Centro Canadense de Modelagem e Análise Climática, foi publicado na revista Nature Geoscience.
SIMULAÇÕES
Usando simulações com um modelo climático, os pesquisadores estimaram os efeitos sobre os padrões de clima para os próximos mil anos, com a interrupção completa das emissões em 2010 e em 2100.
As importantes diferenças dos impactos em diversas regiões são devidas aos séculos necessários para o aquecimento da circulação do Atlântico Norte pelas correntes oceânicas, disse Marshall.
"A atmosfera se resfria rapidamente quando os gases atmosféricos são reduzidos, assim como a água da superfície do mar, mas o resfriamento não atinge as águas profundas do oceano por um longo tempo," disse ele.
Correntes de vento no hemisfério sul também podem contribuir para o processo.
EFEITOS
Como resultado, nos próximos mil anos, a temperatura média do oceano ao redor da Antártica pode aumentar em até 5 graus Celsius, provocando o colapso do manto de gelo da Antártica Ocidental, de acordo com o estudo.
A eliminação do manto de gelo, que cobre uma área do tamanho do Texas e tem até 4 mil metros de espessura, poderá elevar os níveis do mar em vários metros.
Os impactos do clima reduzirão a umidade em partes do norte da África em até 30 por cento.
As simulações mostram grandes diferenças em algumas partes do mundo. Porém, entre reduzir as emissões em 2010 ou em 2100, surgem variações de temperatura entre 1 e 4 graus Celsius, representando um argumento para a ação de redução imediata das emissões de dióxido de carbono, disse Marshall.
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